terça-feira, 10 de abril de 2012

O calor da liberdade

Daqui de cima assisto o espetáculo do infinito. Assisto o nascer e a morte se cruzarem em um feixe de luz. Sinto cada ml de sangue do meu corpo correndo pelas minhas veias, como se andassem em labirintos sem saída. Sinto como se eu estivesse me exercitando sem que me mova. Aqui está calor, quero sentir o vento. O vento esbarra em meus cabelos, mas não o sinto em nenhuma outra parte do corpo. Quero correr. Vou correr... Será que posso voar? Queria que todos estivessem aqui, e que sentissem o que sinto nesse momento. Sinto a liberdade. Uma liberdade quase sólida. Eu consigo segura-la, e não a soltaria por nada nesse momento. Não ouço sermões, reclamações, nem lamentações. Ouço gargalhadas, que por sinal, muito convidativas. Elas estão dentro de mim, prestes a serem vomitadas. Agora sim. Estou rindo deles, desses otários, dos controladores, dos senhores da razão. Eles pensam saber tudo, mas não sabem como me sinto, e eu nunca saberei porque não. 

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