terça-feira, 17 de abril de 2012

Velho "amigo"

Nossas feridas apontam a causa da nossa derrota. Tento enxergar o lado bom delas, sendo que nem sempre elas têm um lado bom. E se não tem um lado bom, eu invento. Artistas são pra essas coisas, pra inventar algo não substituível, novo e original. Ás vezes, eu não aprendo nem com meus próprios erros. Isso é impressionante e assustador... Quando eu não estou passando por um momento muito bom, eu tento sorrir. Não sou muito simpático, não sou uma pessoa que te olha sempre sorrindo. Mas nesses momentos em especial, eu busco sorrir. Essa semana eu "exagerei na dose" e cometi alguns erros, velhos erros. Não foi a primeira vez que isso acontece e não tem nada que me prenda nesses velhos erros, a não ser, a minha falta de maturidade nos meus impulsos. Emfim, o primeiro passo pra fazer o certo é reconhecer seu erro. Eu não só o reconheço, como o conheço muito bem. Eu diria que já somos velhos "amigos". Sabe aqueles "amigos" que sua mãe tanto fala pra você se afastar? Pois bem, meus erros são como esse tipo de amigo. Sei onde ele se localiza, sei onde ele atua e sei em qual momento ele se aproxima. Só preciso estar no lugar certo e na hora certa, pra me afastar dele. Ele foi útil muitas vezes. Consegui encontrar minha genialidade, nas profundezas de suas loucuras. Mas isso ultrapassou, e hoje o vejo com outros olhos. Ele me faz perder tempo, me faz perder coisas e o principal, me faz perder pessoas... Cai entre nós. A verdade é que ele ta sendo um filho da puta. E pra ele não acabar comigo, eu vou acabar com ele primeiro.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

São boas lembranças

Saudade do teu cheiro no meu edredom, do cheiro do teu cabelo no meu travesseiro. O cheiro do meu cigarro impregnado no meu quarto tem me deixado enjoado. Saudade de te abraçar como quem tece uma teia em volta do teu corpo, de encaixar meus lábios nos teus e mergulhar na tua paixão. Saudade de te comer com os olhos após me encharcar em nosso fogo. Minhas costas sentem falta das tuas unhas...
Mês passado
, passei por uma livraria e comprei aquele livro que você lia. Ouço algumas daquelas musicas que eu implicava com você por escuta-las. Carrego alguns pedaços de você comigo. Pode não parecer, mas isso me faz muito bem. Enxergo você em cada conquista minha, em cada sorriso meu, em cada momento de vitória. Queria que você visse o que tenho feito. Será que sentiria orgulho de mim? Queria que ouvisse minhas novas canções. 
Sinto saudade da gente se agarrando pelos cantos do colégio, das rapidinhas na casa da Silvia, de sair de casa feliz por estar indo até você. Saudade do teu amor que eu julgava frio, saudade do amor que eu repudiei por algumas vezes. Saudade de quando sonhávamos juntos. Saudade da gente dançando em frente ao espelho, de você fazendo streep tease e subindo em cima de mim, disposta a saciar minha fome. Saudade da minha língua explorando tua parte mais íntima, enquanto meus dedos passeavam em teus seios. As cenas são tão claras, que eu poderia dizer cada detalhe, cada palavra e até mesmo descrever seu olhar e sua expressão facial.
Nós não tínhamos pressa, não pulávamos etapas. Invadíamos o território um do outro, calmamente, até que nossos territórios se tornassem um só. Era um verdadeiro espetáculo, era como um por do sol na praia de Ipanema. São boas lembranças. Obrigado por todas elas.




terça-feira, 10 de abril de 2012

O calor da liberdade

Daqui de cima assisto o espetáculo do infinito. Assisto o nascer e a morte se cruzarem em um feixe de luz. Sinto cada ml de sangue do meu corpo correndo pelas minhas veias, como se andassem em labirintos sem saída. Sinto como se eu estivesse me exercitando sem que me mova. Aqui está calor, quero sentir o vento. O vento esbarra em meus cabelos, mas não o sinto em nenhuma outra parte do corpo. Quero correr. Vou correr... Será que posso voar? Queria que todos estivessem aqui, e que sentissem o que sinto nesse momento. Sinto a liberdade. Uma liberdade quase sólida. Eu consigo segura-la, e não a soltaria por nada nesse momento. Não ouço sermões, reclamações, nem lamentações. Ouço gargalhadas, que por sinal, muito convidativas. Elas estão dentro de mim, prestes a serem vomitadas. Agora sim. Estou rindo deles, desses otários, dos controladores, dos senhores da razão. Eles pensam saber tudo, mas não sabem como me sinto, e eu nunca saberei porque não. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sem dizer adeus

E eu deixei nas mãos de Deus
Eu não tive chance de te ver pra poder te dizer adeus

Agora é o momento de ir embora
Vivo me perguntando o que ainda faço aqui
Eu, tinha tanta coisa pra dizer
Palavras que a seco tive que engolir

E só agora vou te libertar
E se quiser pode morrer de ri
Mas eu sei que você vai chorar
Quando procurar e não me ver aqui

E eu deixei nas mãos de Deus
Eu não tive chance de te ver pra poder te dizer adeus

Agora é o momento de ir embora
Porque o paraíso desapareceu
Eu vi as flores ficando mortas
Hoje foi um dia que não amanheceu

Foi quando um sábio veio me falar
Que eu tava no caminho errado
Que eu nunca iria encontrar
Novidade olhando para o passado

No olho do furacão

Sou apenas uma estrela nesse imensurável universo. Estou prestes a me atirar no olho do furacão. Minha coragem provem da curiosidade sobre o que a vida me reserva. Não sentirei medo do mundo, o medo não me é conveniente. Sei que a terra é um campo de guerra. Vou guerrear pelo meu território e protege-lo com unhas e dentes. Preciso tornar minha existência digna, e deixar minhas pegadas nesse chão, pegadas de sangue, suor e de auto-sacrifício. Deixo alguns pedaços de mim no passado, pedaços que não serão mais uteis. Pois nessa caminhada não posso carregar peso, caso contrário, eu não irei tão longe. Parto daqui com a certeza de que ao meu lado mil cairão, e não poderei parar por pena deles. Espero que meus inimigos me perdoem, por não perdoa-los. Mas não darei chance ao azar, os ignoro enquanto meu coração permite. Várias vezes me taquei sem ter medo de altura, dessa vez não será diferente. Espero que um dia todos me entendam.